Doenças sexualmente transmissíveis
O fato é que nenhuma das relações sexuais sem proteção é isenta de
risco - algumas DST têm maior risco que outras. A transmissão da doença
depende da integridade das mucosas das cavidades oral ou vaginal.
Independente da forma praticada, o sexo deve ser feito sempre com
camisinha.
- É possível estar com uma DST e não apresentar sintomas?
Sim. Muitas pessoas podem se infectar com alguma DST e não ter reações
do organismo durante semanas, até anos. Dessa forma, a única maneira de
se prevenir efetivamente é usar a camisinha em todas as relações
sexuais e procurar regularmente o serviço de saúde para realizar os
exames de rotina. Caso haja alguma exposição de risco (por exemplo,
relação sem camisinha), é preciso procurar um profissional de saúde
para receber o atendimento adequado.
- Onde se deve ir para fazer o tratamento de outras DST que não a aids?
Deve-se procurar qualquer serviço de saúde disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
Prevenção
Que cuidados devem ser tomados para garantir que a camisinha masculina seja usada corretamente?
Abrir a embalagem com cuidado - nunca com os dentes ou outros objetos
que possam danificá-la. Colocar a camisinha somente quando o pênis
estiver ereto. Apertar a ponta da camisinha para retirar todo o ar e
depois desenrolar a camisinha até a base do pênis. Se for preciso usar
lubrificantes, usar somente aqueles à base de água, evitando vaselina e
outros lubrificantes à base de óleo que podem romper o látex. Após a
ejaculação, retirar a camisinha com o pênis ainda ereto, fechando com a
mão a abertura para evitar que o esperma vaze de dentro da camisinha.
Dar um nó no meio da camisinha para depois jogá-la no lixo. Nunca usar a
camisinha mais de uma vez. Utilizar somente um preservativo por vez,
já que preservativos sobrepostos podem se romper com o atrito.
Além desses cuidados, também é preciso certificar-se de que o produto
contenha a identificação completa do fabricante ou do importador.
Observe as informações sobre o número do lote e a data de validade e
verifique se a embalagem do preservativo traz o símbolo de certificação
do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia), que atesta a qualidade
do produto. Não utilize preservativos que estão guardados há muito
tempo em locais abafados, como bolsos de calça, carteiras ou
porta-luvas de carro, pois ficam mais sujeitos ao rompimento.
Quanto à possibilidade de o preservativo estourar durante o ato sexual,
pesquisas sustentam que os rompimentos devem-se muito mais ao uso
incorreto do preservativo que por falha estrutural do produto em si.
O que fazer quando a camisinha estoura?
Sabe-se que a transmissão sexual do HIV está relacionada ao contato da
mucosa do pênis com as secreções sexuais e o risco de infecção varia de
acordo com diversos fatores, incluindo o tempo de exposição, a
quantidade de secreção, a carga viral do parceiro infectado, a presença
de outra doença sexualmente transmissível, entre outras causas. Sabendo
disso, se a camisinha se rompe durante o ato sexual e há alguma
possibilidade de infecção, ainda que pequena (como, por exemplo,
parceiro de sorologia desconhecida), deve-se fazer o teste após 30 dias
para que a dúvida seja esclarecida.
A ruptura da camisinha implica risco real de infecção pelo HIV.
Independentemente do sexo do parceiro, o certo é interromper a relação,
realizar uma higienização e iniciar o ato sexual novamente com um novo
preservativo. A higiene dos genitais deve ser feita da forma habitual
(água e sabão), sendo desnecessário o uso de substâncias químicas, que
podem inclusive ferir pele e mucosas, aumentando o risco de contágio
pela quebra de barreiras naturais de proteção ao vírus. A presença de
lesão nas mucosas genitais, caso signifique uma doença sexualmente
transmissível, como a gonorreia, implica um risco adicional, pois a
possibilidade de aquisição da aids aumenta. Na relação anal, mesmo
quando heterossexual, o risco é maior, pois a mucosa anal é mais frágil
que a vaginal.
Uso de medicamentos como prevenção
Você será orientado pelo médico sobre isso. Caso o(a) seu(sua)
parceiro(a) for HIV positivo(a) e esteja em uso de antirretrovirais
(medicamentos para aids), é importante informar o médico sobre os
medicamentos usados por ele(ela).
Durante quanto tempo devo tomar o medicamento?
O medicamento deve ser tomado durante 28 dias seguidos, sem interrupção, sob acompanhamento da equipe de saúde.
O medicamento causa efeitos colaterais?
Sim. A maioria dos medicamentos causa efeitos colaterais, que, em geral,
são leves e melhoram em poucos dias. No caso de algum mal-estar durante
o uso desses medicamentos, você deve procurar imediatamente o serviço
de saúde para avaliação.
É preciso fazer o acompanhamento no serviço de saúde?
Sim. É muito importante fazer o acompanhamento durante as 24 semanas.
Nesse período, você será acompanhado para investigar se adquiriu o HIV
ou outras DST, como hepatite ou sífilis, por exemplo.
http://www.aids.gov.br/pagina/duvidas-frequentes#dst
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